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Engenharia perde José Francisco de Lima

Campo Grande, 09 jun 2021 às 22:43

Completamente consternados, a presidente Vânia Mello, os conselheiros e os empregados do Crea-MS receberam há pouco a notícia do falecimento do ex-presidente do Crea-MS, do engenheiro civil, do professor, do esposo, do pai, ao avô e do amigo, José Francisco de Lima, ocorrido nesta quarta-feira, 9 de junho, em Campo Grande.

Agradecer é apenas o que nos vem à mente neste momento. E com este vídeo, gravado em 2018, registramos nossa homenagem a este grande homem que deixa como legado seu exemplo de dignidade e amor. Nossa solidariedade e carinho à esposa Nágila, aos filhos Elói, Karina e Lisa e aos netos Gabriel e Elói.

O velório será no cemitério Parque das Primaveras, das 14h às 16h, quando será realizado o sepultamento.

Em 2017, José Francisco de Lima foi homenegado com a mais alta honraria do Sistema Confea/Crea e Mútua, a Medalha do Mérito. Sua história foi contada pela jornalista Maria Helena de Carvalho, jornalista do Confea, e está registrada num livro. E é a esta história a quem recorremos para homenagear este grande profissional.

Em seus mais de 40 anos de profissão, Zé Francisco, como era carinhosamente chamado, foi, além de conselheiro, presidente do Crea-MS na gestão de 1988 a 1990. Em sua gestão, criou inspetorias e sempre foi muito estimado pelo corpo funcional da instituição. O engenheiro relembra com orgulho que o Estado foi o primeiro a adotar, mesmo com muitas críticas e resistências, o receituário agronômico, que anos mais tarde se tornou obrigatório em todo o país. Tendo a engenharia como primeiro ofício e professor como segunda profissão, Lima foi o idealizador da comemoração dos 45 anos do curso de Engenharia Civil da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), que teve início em 1970 e foi concluída em agosto de 1975, na época da então Universidade Estadual de Mato Grosso.

O engenheiro civil José Francisco de Lima, que se formou na segunda turma e em seguida se tornou professor da instituição, relembra que no período de criação do curso, na década de 70, o país estava em pleno desenvolvimento, vivendo o chamado “Milagre Brasileiro” e, devido a isso, investia e necessitava de engenheiros. Lima defende que os profissionais têm de participar de forma mais atuante dentro do Sistema Confea/Crea Mútua, mas sempre oxigenando os personagens e dando voz a todas as profissões que integram o Conselho.

O engenheiro espera que a profissão volte a ser valorizada e respeitada, pois cabe a ela o progresso de uma nação. O dom da engenharia está na genética familiar, provavelmente por isso o filho Eloi Azevedo Medeiros de Lima e o neto Gabriel de Lima seguiram o caminho do patriarca da família. Mais que seguir o exemplo, eles tiveram a oportunidade, na prática, de ser aluno do professor, que também é pai e avô. Atualmente, José se dedica à sua empresa no ramo da engenharia e cumpre com seriedade o lema de seu hobby: “Jipeiro não entra na terceira idade, vive a segunda infância”. Assim ele segue desbravando o Pantanal em expedições com seu Jeep Willys vermelho ano 51, companheiro de muitas aventuras.

Trajetória Profissional

Engenheiro projetista de estruturas de concreto armado e protendido na empresa Escritório Técnico Euclydes de Oliveira Ltda Etelo (1975 a 1986); professor do curso de Engenharia Civil da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS (1977); Conselheiro do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia – Crea-MS (1984 a 1987 / 2003 a 2005); Fundador da empresa JF Engenharia de Estruturas Ltda responsável por vários projetos de estruturas em concreto armado e protendido e estrutura metálica de edifícios e pontes (desde 1986); Presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia – Crea-MS (1988 a 1990); Presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Campo Grande/MS – AEACG.